Dizeres...
Dizer é externar algo, quase sempre por ansiedade que aquilo se cale pra sempre. É uma forma de imprimir existência.Tenho tido medo que minhas vivências passem em branco ou num tom acizentado, quase imperceptível. Tudo tem sido tão lento pra mim e aparentemente tão veloz no mundo.... sei no entanto, que no final das contas o que importa é o que foi feito, que anula até algum dizer impactante. Hoje eu quero dizer o óbvio: que é mais difícil fazer do que dizer, é mais difícil tomar atitudes do que proferir frases. Hoje foi isso que me foi proporcionado pela vida e por mim em conluio com ela. Não estou nada satisfeita com o rumo de certas coisas, mas ao menos dizendo isso posso voltar e corrigir algum erro gramatical ou colocar melhor algum pensamento, refazendo, retirando, desproferindo. Pena que na vida há muito pouco espaço em pauta pra isso, há pouca margem para erros fatais, há pouca permissividade para licenças poéticas. Direi então aqui, a cada dia um pouco para que o verbo organize meus atos e meus atos tornem-se fruto de dizeres convictos. Talvez assim eu me torne alguém que algum dia possa ser mencionada, verbalizada, por ter deixado em atos, algo digno de ser dito.
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