LARGANDO A BANANA

Recebi destas mensagens por e-mail hoje, que falava a respeito de uma tribo africana que captura macacos utlilizando o seguinte método: botam armadilhas usando bananas como isca, pra onde os tais macacos são atraídos. Alguns atracam-se nelas, e não soltam por nada mesmo sabendo que serão capturados e alguns soltam as bananas para salvarem suas vidas. Resumindo, alguns macacos revelam-se seres inteligentes, outros burros pra caramba! Talvez daí venha a herança genética da predisposição que certas pessoas tem para o vício. Os fumantes, drogados, ninfomaníacos, mãos-de-vaca, obesos podem ter herdado suas tendências à compulsão dos macacos burros e o restante das pessoas se safaram do fardo dessa herança. Talvez tenhamos herdado os genes de ambos os tipos de macaco, e como conduzimos nossas vidas e escolhas fica a critério do livre-arbítrio de cada um. Confesso que estou tentando largar a banana, mas tá difícil. Enquanto isso, vou administrando esta compulsão. Não me entendam mal, banana é apenas uma ilustração para pequenos vícios, de insistir em certas coisas que não são saudáveis, como certo tipo de relacionamento, certo tipo de alimentação, pensamento, etc... nada grave, mas à longo prazo nocivo. No meu caso acho que só a auto-ajuda, mas como detesto esse tipo de literatura, acho que terei de "auto-ajudar-me" sem a auto-ajuda de ninguém.
Por falar nisso, como irritam tais livros, né? Sempre baseados em experiências pessoais dos próprios autores expondo suas teorias mirabolantes de como conseguiram mudar suas vidas em pouco tempo e terem descoberto a pólvora. Como se fosse possível obter-se sucesso financeiro, emocional, sexual e espiritual apenas seguindo as instruções de um manual! Pensando agora a respeito, talvez eu devesse também publicar um livro de auto-ajuda entitulado: Largando a banana baseado na teoria dos tais macacos suicidas.Seria um diferencial a própria autora estar na luta diária de tentar aplicar a própria teoria, ainda sem qualquer embasamento prático de que ela funcione. Com sorte, fará muito sucesso com o público consumidor do gênero. Devo apenas ter cuidado para não ser mal interpretada devido ao título um tanto dúbio, ou na atual conjuntura de nossa cultura um tanto sexualizada, talvez eu deva é torcer para que isso aconteça.