DEIXAR-SE LEVAR
Me intriga como me parece que a vida dos outros flui com fluência de água, de vento, de elementos naturais, de tudo que existe apenas por respirar. Por vezes me parece que na minha vida, tenho que fabricar vento, fabricar fumaça, fabricar até o próprio ar que, não raro, me falta e me sinto tão cansada. Falo exclusivamente de labuta, do esforço que é alcançar lugar no mundo, pra ocupar mais que apenas o pedaço de chão que nos é designado ao caminharmos. Estou perdida. Não sei nem por onde começar, antes mesmo de ter comecado a tentar algum movimento interno ou externo. Não que eu tenha estado parada, não que as coisas sejam sempre assim, mas sempre se conduzem até tal ponto e terminam, se dissipam simplesmente e me vejo obrigada a recomecar sempre. Não que eu sinta que tudo está perdido, mas sinto pequenas vitórias seguidas de fracassos e nunca há estabilidade, nunca há a lineariedade. Tenho, no entanto plena convicção de minha vocação para imprimir o que percebo no mundo através da via artística, veia artística ou ... vim artista. Ponto. Nada a fazer. O mundo me dificulta consolidar no mundo esse fato, mas é um fato. Que faço, deixo-me levar? Talvez meu pecado seja ser leviana a ponto de acreditar que as coisas se conduzem mais ao sabor da sorte, dos "bons ventos" do que do esforço de um vento fabricado pelos próprios pulmões afim de impulsionar nem que seja um pequenino barco de papel numa banheira. Acredito nisso, no entanto, pelo que observo e não por ser uma verdade minha.
Me intriga como me parece que a vida dos outros flui com fluência de água, de vento, de elementos naturais, de tudo que existe apenas por respirar. Por vezes me parece que na minha vida, tenho que fabricar vento, fabricar fumaça, fabricar até o próprio ar que, não raro, me falta e me sinto tão cansada. Falo exclusivamente de labuta, do esforço que é alcançar lugar no mundo, pra ocupar mais que apenas o pedaço de chão que nos é designado ao caminharmos. Estou perdida. Não sei nem por onde começar, antes mesmo de ter comecado a tentar algum movimento interno ou externo. Não que eu tenha estado parada, não que as coisas sejam sempre assim, mas sempre se conduzem até tal ponto e terminam, se dissipam simplesmente e me vejo obrigada a recomecar sempre. Não que eu sinta que tudo está perdido, mas sinto pequenas vitórias seguidas de fracassos e nunca há estabilidade, nunca há a lineariedade. Tenho, no entanto plena convicção de minha vocação para imprimir o que percebo no mundo através da via artística, veia artística ou ... vim artista. Ponto. Nada a fazer. O mundo me dificulta consolidar no mundo esse fato, mas é um fato. Que faço, deixo-me levar? Talvez meu pecado seja ser leviana a ponto de acreditar que as coisas se conduzem mais ao sabor da sorte, dos "bons ventos" do que do esforço de um vento fabricado pelos próprios pulmões afim de impulsionar nem que seja um pequenino barco de papel numa banheira. Acredito nisso, no entanto, pelo que observo e não por ser uma verdade minha.
Acho que vou ficar imersa agora e deixar que a água morna conduza meu corpo através de um embalo aleatório, que um ventinho entre pela fresta da porta semi-aberta e fecharei os olhos pra esvaziar o espírito e eliminar a possibilidade de tentar qualquer coisa no mundo. Já aceitei faz tempo quem sou, agora vou tentar aceitar o que tem sido feito de mim. Cansei de tentar, vou me deixar levar. Talvez seja melhor parar de ir e deixar-se levar. Talvez seja a morte necessária em vida para começar a existir. Abandonar as tentativas e deixar-se levar. Abandonar o corpo, deixar-se. Passar a existir depois de anular completamente os sentidos. Sem os sentidos, talvez algo faça sentido.
0 Comments:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
<< Home