Meus maiores exemplos de força, luta e amor verdadeiro. Almas gêmeas. Ele, aos 88 anos é apaixonado por ela até hoje e tem lutado pra se manter em pé, por ela. Que ele continue tendo a força necessária até a cirurgia, depois, depois , e depois também... Que o amor dos dois e de nós por eles possam ser a fortaleza que eles precisam agora pra superarem isso tudo, já que sempre foram a nossa quando precisamos.
segunda-feira, outubro 30, 2006
Meus maiores exemplos de força, luta e amor verdadeiro. Almas gêmeas. Ele, aos 88 anos é apaixonado por ela até hoje e tem lutado pra se manter em pé, por ela. Que ele continue tendo a força necessária até a cirurgia, depois, depois , e depois também... Que o amor dos dois e de nós por eles possam ser a fortaleza que eles precisam agora pra superarem isso tudo, já que sempre foram a nossa quando precisamos.
terça-feira, outubro 17, 2006
quinta-feira, outubro 12, 2006
QUERO SER DENISE STOKLOS QUANDO CRESCER
Fui ver "Olhos Recém-nascidos" hoje, com Denise Stoklos. Foi a segunda vez que a vi em cena e desde a primeira me emocionou profundamente e me marcou a vida, como sei que a de todos que tem essa oportunidade e privilégio. Esse espetáculo um tanto auto-biográfico e confessional, soa como um diário pessoal narrado que ela folheia e lê para o expectador durante uma hora , mas não por isso, menos vivo e impactante do que o outro que assisti, cheio de movimentos corporais largos, caretas e aproveitamento pleno do espaço físico do palco, que é tão próprio dela. A respeito disso inclusive, em um dado momento ela narra uma suposta "carta psicografada" de um expectador frustrado- que seria o porta-voz de nós, a platéia - descrevendo suas impressões naquele momento sobre o espetáculo em jogo ali, criticando com genial auto-ironia o fato de ser monótono e não cheio de recursos corporais esperados dela, e dos quais ela em geral se dispõe. Mencionando sua "ligação forte com fios" como o pai dela tinha (só que no caso dele eram fios eléticos e no dela, fios invisíveis que ligam ela ao expectador) pela segunda vez ela me tocou enormemente, como acho que a todos hoje confirmando esta teoria.
Denise Stoklos definitivamente tem o dom de criar esse "fio" ou elo invisível entre ela e quem a vê, e que creio eu, que nunca mais se desliga pela grandiosidade das coisas que diz de seu modo tão pessoal, pela sua grandiosidade como intérprete, poeta e pela própria grandiosidade,literalmente falando, do porte físico que ela possui. Enfim, é impossível esquecer essa artista e tudo que ela deixa no palco e que permance e ecoa depois de tê-la visto.
O problema - e eu fiz toda a introdução acima para tocar neste ponto - é que é um ato de coragem ir assistí-la. Ela nos faz sentir pequenos, mesquinhos, superficiais, medíocres e , no meu caso por ser também artista, ínfima na minha contribuição criativa dentro deste ofício que escolhi. Denise Stoklos reduz ao pó qualquer esboço criativo naquele momento em que a vemos. De tão grande que é, não sobra nada ali, só o que ela propõe, seja o que for: choro e riso, feio e belo, altos e baixos, palavra e música, barulho e silêncio, excessivo e mínimo, essencial e mundano, gênese e morte. Obrigada Denise Stoklos pelo espetáculo de hoje, pelo anterior, pelo legado que tem deixado e, principalmente, por nos fazer lembrar que um artista não é grande pelo espaço ou tempo que reivindica da mídia, mas pela dimensão de sua obra que quando é grande como a sua, perpetua.
Fui ver "Olhos Recém-nascidos" hoje, com Denise Stoklos. Foi a segunda vez que a vi em cena e desde a primeira me emocionou profundamente e me marcou a vida, como sei que a de todos que tem essa oportunidade e privilégio. Esse espetáculo um tanto auto-biográfico e confessional, soa como um diário pessoal narrado que ela folheia e lê para o expectador durante uma hora , mas não por isso, menos vivo e impactante do que o outro que assisti, cheio de movimentos corporais largos, caretas e aproveitamento pleno do espaço físico do palco, que é tão próprio dela. A respeito disso inclusive, em um dado momento ela narra uma suposta "carta psicografada" de um expectador frustrado- que seria o porta-voz de nós, a platéia - descrevendo suas impressões naquele momento sobre o espetáculo em jogo ali, criticando com genial auto-ironia o fato de ser monótono e não cheio de recursos corporais esperados dela, e dos quais ela em geral se dispõe. Mencionando sua "ligação forte com fios" como o pai dela tinha (só que no caso dele eram fios eléticos e no dela, fios invisíveis que ligam ela ao expectador) pela segunda vez ela me tocou enormemente, como acho que a todos hoje confirmando esta teoria.
Denise Stoklos definitivamente tem o dom de criar esse "fio" ou elo invisível entre ela e quem a vê, e que creio eu, que nunca mais se desliga pela grandiosidade das coisas que diz de seu modo tão pessoal, pela sua grandiosidade como intérprete, poeta e pela própria grandiosidade,literalmente falando, do porte físico que ela possui. Enfim, é impossível esquecer essa artista e tudo que ela deixa no palco e que permance e ecoa depois de tê-la visto.
O problema - e eu fiz toda a introdução acima para tocar neste ponto - é que é um ato de coragem ir assistí-la. Ela nos faz sentir pequenos, mesquinhos, superficiais, medíocres e , no meu caso por ser também artista, ínfima na minha contribuição criativa dentro deste ofício que escolhi. Denise Stoklos reduz ao pó qualquer esboço criativo naquele momento em que a vemos. De tão grande que é, não sobra nada ali, só o que ela propõe, seja o que for: choro e riso, feio e belo, altos e baixos, palavra e música, barulho e silêncio, excessivo e mínimo, essencial e mundano, gênese e morte. Obrigada Denise Stoklos pelo espetáculo de hoje, pelo anterior, pelo legado que tem deixado e, principalmente, por nos fazer lembrar que um artista não é grande pelo espaço ou tempo que reivindica da mídia, mas pela dimensão de sua obra que quando é grande como a sua, perpetua.